Resenha Desejo Concedido - Guerreiras # 1 - Megan Maxwell

Sinopse - Na Inglaterra do século XIV, após a morte dos pais, a jovem lady Megan Phillips, de vinte anos, segue uma vida tranquila, focada na educação e na criação de seus dois irmãos mais novos. Para fugir de um casamento arranjado por sua tia, Megan e a irmã, Shelma, vão para o castelo de Dunstaffnage, na Escócia, onde vive seu avô Angus de Atholl, do clã McDougall. Anos depois, durante o casamento de um de seus primos, Megan – uma mulher aguerrida, pronta a empunhar uma espada pra defender sua família e que não se dobra por nada e nem por ninguém –, conhece o temido guerreiro de olhos verdes Duncan McRae – um homem acostumado a liderar exércitos, mas que nunca esteve preparado para enfrentar o gênio forte de uma mulher. O destino trama contra (ou a favor de) Megan, que, contra a sua vontade, acaba se casando com Duncan. Conseguirão os dois se entender e seguir a vida como um casal feliz? Ou viverão às turras, como se estivessem num campo de batalha?
A história é narrada em terceira pessoa e se incia em Dunhar, na Inglaterra no ano de 1308. Tudo começa com a morte dos pais de Megan, Shelma e Zac. Seus tios, Lady Margaret e sir Albert Lynch não tem nenhum amor pelas jovens. Tudo o que eles precisam é manter o jovem Zac sob sua tutela e poderão ficar nas terras por vários anos. Desesperados para se livrarem das garotas, que estão com idade de 20 e 18 anos respectivamente, eles arranjam casamentos com dois inimigos dos pais das moças, homens que causam asco por suas atitudes grosseiras. 

As duas são consideradas mestiças, pois a mãe é escocesa e o pai é inglês e Margaret não perde uma oportunidade de insultá-las. Quando Megan ouve a conversa dos casamentos arranjados, foge com os dois irmãos para a Escócia, para pedir refúgio ao seu avô. 

Após a fuga, seis anos se passam e as jovens estão nas terras do Castelo de Dunstaffnage, na Escócia tendo uma vida simples, mas honrada. Zac vive se metendo em confusões diárias, sendo que em muitos casos, resulte em um resgate realizado por Megan e Shelma. As duas mulheres são independentes, valentes e não tem papas na língua. Principalmente Megan, que sente-se responsável pelos irmãos e por todos ao seu redor.

Em uma das peripécias de Zac, Megan conhece Duncan McRae, um guerreiro temido em suas terras e cobiçado pelas mulheres por sua beleza sedutora. Apesar de ser mulherengo, Duncan não quer uma esposa. Afinal, ele é um guerreiro e está sempre em lutas e não tem tempo para uma esposa. Isso não quer dizer que ele não ficou fascinado pela morena que monta a cavalo, luta e age e fala o que bem entende.

Angus, o avô de Megan, sabe que está ficando velho e que não poderá proteger os netos dos familiares ingleses por muito tempo. Então consegue arrancar uma promessa de Duncan. O problema é que Duncan não encontrou ninguém tão teimoso quanto Megan...

A trama é repleta de momentos engraçados, graças a personalidade dos personagens. Porém, na minha opinião, a autora exagerou nas tramas secundárias e os dois temas principais, a vingança de Megan contra seus familiares ingleses e os pretendentes que eles arranjaram e os problemas na residência de Duncan são resolvidos muito rapidamente.

Durante o trajeto entre o Castelo de Dunstaffnage e a casa de Duncan vão aparecendo novos personagens e com eles novos problemas que Megan faz questão de resolver. É claro que ela acaba entrando em várias confusões por conta disso. Tantas historinhas no meio do caminho tornam as ações de Megan previsíveis e clichês, o que faz com que o livro perca um pouco do brilho. Isso não quer dizer que essas tramas secundárias são ruins, apenas que existem muitas que acabam desvirtuando a trama principal. 

O trabalho editorial do Selo Essência está espetacular. Revisão, diagramação e layout muito bem feitos. A capa foi escolhida pelos leitores e combina com o protagonista.

“— Sabe de uma coisa, impaciente? —disse Duncan, olhando para ela com paixão enquanto voltavam ao acampamento. — Não sei porque gosto tanto de você.— Eu sei — riu ela. E, fazendo-o sorrir, disse:— Porque eu lhe dou vida.”



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