Sinopse - Existem regras para mistérios em que há um assassinato. Deve haver uma vítima. Um suspeito. Um detetive. O restante é apenas embaralhar a sequência de fatos para enganar o leitor. O matemático Grant McAllister resolveu esse raciocínio para escrever sete histórias de detetive calculando as diferentes ordens e possibilidades. E, por trinta anos, essas histórias pareceram perfeitas aos olhos de todos. Agora, vivendo recluso numa remota ilha do Mediterrâneo, vendo a vida passar, ele é descoberto por Julia Hart, uma editora ambiciosa e esperta. Julia quer republicar o livro de Grant, mas nota muitos pontos inconsistentes, quase propositais. Aos olhos de uma profissional, parecem pistas de crimes reais... Ela decide investigar. Em uma batalha intelectual com um adversário perigosamente inteligente, Júlia percebe que há um mistério maior por trás dos livros... Grant deixou as pistas para conectar os livros ou assassinatos da vida real? Toda investigação parte de evidências. Mas, e se elas fossem disfarces de algo mais grave?
"Oito Detetives" é uma obra que faz com que o leitor trabalhe constantemente tentando desvendar seus mistérios.
"A dedução, a forma de arte do inspetor, era uma habilidade que ele nunca conseguia dominar, e ainda assim, toda vez que via a dedução acontecer, parecia tão simples. Bastava fazer afirmações evidentes, a mais acertada para cada ocasião."
E se fosse possível utilizar a matemática para escrever uma grande história? O matemático Grant McAllister publicou um livro chamado "Assassinatos Brancos" onde descreve sete histórias policiais utilizando técnicas matemáticas que ele acredita serem essenciais em uma obra.
"O objetivo central do romance de assassinato é dar aos leitores um punhado de suspeitos e a promessa de que, em cerca de cem páginas, um ou mais deles serão revelados como assassinos. Essa é a beleza do gênero."
Julia Hart é uma editora que encontrou um antigo exemplar do livro de Grant e ao realizar a leitura, encontrou diversas inconsistências. Sem saber se foram propositais ou não, ela aproveita a entrevista com Grant para uma possível republicação da obra para conversar em detalhes sobre cada uma das histórias, e levará o leitor junto nessa jornada.
Grant acredita que são necessário apenas 04 ingredientes para criar uma ótima história e vai explicando um a um conforme Julia realiza a análise de sua obra. Portanto, o livro vai alternando entre as histórias do livro "Assassinatos Brancos" e os encontros entre Julia e Grant, que vão discutindo o conteúdo de cada história.
Cada história contada tem sua "lição" por assim dizer, mas o interessante da obra são os subterfúgios entre Julia e Grant. Dessa forma, o leitor precisa ficar atento aos detalhes e esperar a grande revelação no final da obra.
"É isso o que diferencia um romance de assassinato de qualquer outra história com uma surpresa no final. As possibilidades são apresentadas ao leitor desde o início. O final apenas recua e aponta para uma delas."
A primeira história se passa na Espanha em 1930, onde Megan e Henry estão visitando Bunny, que é encontrado morto. Com apenas os dois turistas na casa, quem será o criminoso? A segunda história traz o senhor Winston Brown investigando uma morte que ocorreu à beira-mar, e que pode determinar um jovem de um trágico desfecho.
A terceira história conta com duas garotinhas, Rose e Maggie, brincando no parque com um avião de papel quando uma jovem é assassinada. A quarta história se trata de um assassinato em uma sala privada de um restaurante com cinco convidados.
A quinta história fala de Sara uma jovem que se candidata como governanta e uma ilha que tem segredos sombrios. A sexta história é a procura de Lily Mortimer sobre a verdade envolvendo a morte de um familiar. E a sétima história envolve o talentoso detetive Lionel Moon na investigação mais importante da sua vida.
Confesso que a leitura não fluiu tão bem quanto eu esperava e desejava. Em alguns trechos, uma história foi se enrolando na outra e as conversas entre Julian e Grant não fluíram muito bem. Porém, cada leitor tem uma perspectiva diferente, e quem sabe, ao reler mais para frente, minha impressão mude.
"Esta é a questão sobre mentiras... Depois que a pessoa começa, não consegue parar. Ela tem que seguir até onde a mentira irá levá-la."
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